Saiba como fazer capturas de imagens incríveis

Saiba como fazer capturas de imagens incríveis

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Já parou para pensar na quantidade de fotos que você tira em um mês? Dessas, quantas são de encher os olhos? Quais fazem com que você corra para postar na web, antevendo os elogios e curtidas que vai receber?

A menos que você seja um profissional tarimbado, é provável que muitos desses cliques não cheguem a entusiasmar. Mesmo que a câmera seja boa e a cena prometa uma bela reprodução, o resultado insiste em ficar aquém do esperado em grande parte das vezes.

Mas não desanime: reunimos algumas dicas para te ajudar a fazer capturas de imagens incríveis. Veja como:

Esqueça o automático

Esse é o primeiro conselho que todo aspirante a fotógrafo recebe.

É claro que essa lição pressupõe que o sujeito disponha de uma câmera com controles manuais, mas, a bem da verdade, hoje em dia até os smartphones possuem esse tipo de funcionalidade.

De todo modo, a melhor maneira de compreender como se processa a captura fotográfica é exercendo o controle de todos os parâmetros de exposição. Do contrário, se estiver configurada no automático, a câmera é que tomará as rédeas da criação fotográfica, o que não deixa muita margem para sair do trivial.

Domine os parâmetros

Fugir do automático por si só não tem efeito se você não souber administrar os tais parâmetros que a exposição exige. Sendo assim, acostume-se a pensar a captura de imagens como sendo resultado do seguinte tripé: velocidade, abertura e ISO.

São esses três ajustes que você assume no momento em que gira o seletor para a configuração manual:

    • A velocidade é proporcionada pelo obturador. Ele regula a quantidade de luz que atinge o sensor da câmera e responde pela sensação de movimento. Uma velocidade rápida (como 1/200) congela toda a ação. Já uma velocidade mais baixa (1/25, por exemplo) mostra o rastro ocasionado pelo movimento — também podendo resultar numa imagem tremida.
    • A abertura, por sua vez, é ajustada pelo diafragma. Assim como o obturador, o diafragma controla a quantidade de luz que chega ao sensor. O resultado, porém, é diferente: Quanto mais aberto o diafragma, menor será a profundidade de campo (o quanto da imagem aparecerá nítido). Consequentemente, um diafragma mais fechado torna a imagem mais nítida em sua totalidade.
    • Por fim, o ISO oferece um contrapeso aos dois ajustes anteriores: Sua atribuição é definir a sensibilidade do sensor à luz. Em situações de pouca luminosidade, um aumento do ISO permitirá que a câmera “enxergue” (e registre) melhor a cena.

Assim, se você quiser fazer, por exemplo, um retrato com um belo desfoque de fundo, o primeiro parâmetro a ajustar é a abertura, optando por um diafragma mais aberto.

Em consequência, a velocidade de obturação terá que compensar a quantidade de luz que entra para balancear a exposição.

Se, entretanto, você quiser congelar a ação, primeiro regulará a velocidade, cabendo ao diafragma compensar a incidência da luz.

Digamos, porém, que, mesmo com o diafragma bem aberto e uma baixa velocidade, você não disponha de luz para expor corretamente a cena. Nesse caso, um ISO mais elevado dará alguns pontos a mais de luminosidade, permitindo fotografar sem que ocorram tremulações. Isso, no entanto, tem um preço: quanto mais alto o ISO, maior a chance de ocorrer ruído na imagem, o que pode comprometer a captura.

Resumindo, é preciso combinar os três ajustes de modo a zerar o fotômetro, que é a escala que aparece na parte de baixo do visor. Se o fotômetro estiver indo em direção ao “+” da escala, indica luz demais na cena. O caminho contrário revela luz de menos, e a foto ficará escura.

Abuse do desfoque

No exemplo do retrato, mencionamos o desfoque. Você certamente já viu imagens em que o fundo da cena aparece suavemente desfocado. Em alguns casos, a paisagem atrás do sujeito fica reduzida a coloridos losangos de luz.

Esse tipo de efeito é chamado de bokeh. Resultado do uso de lentes com grande abertura focal (a 50mm 1.8, por exemplo), o bokeh dá um charme especial à imagem e concentra toda a atenção no elemento principal da composição.

Efeito Bokeh
Efeito Bokeh

Por isso, experimente “brincar” com o diafragma da câmera, escolhendo a maior abertura permitida e ajustando os demais controles para balancear a exposição (evitando que haja luz demais ou de menos). Tenha o cuidado de focar corretamente (se for um retrato, foque nos olhos do modelo) e sinta a diferença na captura de imagens!

Capriche na composição

Uma vez que tenha se habituado a controlar os parâmetros da câmera, seu próximo passo é organizar melhor o que vai entrar na foto. Isso implica conhecer algumas regras que os artistas desenvolveram ao longo da história da arte. Podemos começar pela proporção áurea e sua simplificação mais aplicada à fotografia: a regra dos terços.

A regra dos terços consiste em imaginar o visor da câmera como sendo dividido por duas linhas verticais e duas horizontais, formando na tela um “jogo da velha”. A intersecção dessas linhas corresponde aos pontos de ouro.

Regra dos Terços
Regra dos Terços

Sempre que você desloca o seu elemento principal para um desses pontos, a composição fica mais harmoniosa.

Por exemplo, posicione o olhar do seu modelo em um dos pontos superiores e observe como o retrato ganha mais expressividade.

Portanto, a regra dos terços recomenda que o motivo principal nunca fique centralizado.

Falando em paisagens, evite posicionar a linha do horizonte no meio da foto. É melhor que ela fique no terço superior ou no inferior da foto.

Naturalmente, toda regra pode ser quebrada. Entretanto, é sempre aconselhável dominar a norma antes de subvertê-la.

Escolha o melhor horário

A fotografia não conhece hora, certo? Depende: se a sua intenção for capturar uma imagem sensacional, o horário que você escolhe para clicar faz toda a diferença.

Fotógrafos mais exigentes gostam de sair para fazer suas capturas de imagens durante a golden hour. Essa “hora dourada” ocorre logo pela manhã, assim que o sol nasce, e também no crepúsculo, sob os últimos raios do astro-rei.

Golden Hour
Golden Hour

Nesses momentos, temos no céu uma luz abrangente, bem direcionada, que suaviza as sombras e diminui os contrastes. Além disso, ela banha toda a paisagem com uma vibrante tonalidade dourada — daí a razão de ser chamada de golden hour.

Assim, vale a pena acordar cedo, agarrar a câmera e sair em busca das melhores imagens. Efeitos interessantes também podem ser conquistados se você sair ao pôr do sol, esperar a última luz do dia e clicar à vontade.

Lembre-se que a sua fotografia só tem a ganhar com a prática. Fotografe muito, conforme-se com o fato de que muita imagem irá para a lixeira e não desista nunca!

Aproveite para saber ainda mais sobre o universo da imagem. Já ouviu falar de fotografia 360°? Veja como ela tem sido aplicada ao mundo dos negócios e aprenda como fazer cliques ainda mais incríveis!

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